terça-feira, 29 de julho de 2014

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E logo eu,
que vivia cheia de temores
não hesitaria em trocar todas
as cores e poder
pintar na sua alma nua
a doçura e leveza de 
novos amores.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

HM


Uma calça de moletom cinza
que achei uma graça
ali dentro, tanta cor
mas na janela um dia escuro

Cabelo bagunçado, quarto desarrumado
e que bobagem a minha
de achar que nunca te
tão conheceria tão bem
meu bem

Uma estante cheia de livros
e as notas de um violão.
Será que teu coração batia
descompassado no
mesmo ritmo
 que o meu?


terça-feira, 22 de julho de 2014

REFAZER


Tem coisa que assusta a gente.
Tem medo que é só nosso
E cada um sabe do seu.
Reparando bem nos votos de aniversário na minha rede social, não sabia se ria ou se chorava. Engraçado mesmo é que a maioria deseja o mesmo desejo.
Que sua poesia não seque.
Ou que não deixe de poetizar.
E o que era poesia mesmo?
Que coisa, imagina só se eles soubessem que não sei mais fazer a poesia que gostam de ler. Estranho mesmo é não entender bem o porquê.

Por quê?
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Dai decidi analisar. Minha vida andava muito cheia de nada. Tinha perdido todos meus pincéis e minha paleta de cores era um degradê de cinza e branco. Assim bem chato. Dos meus medos, decorei todos. Ora, e que chatice decorar os próprios medos, né.


DAS COISAS QUE ME DÃO MEDO
Eu queria mesmo era me refazer.
Cansei, assim fácil, de mim.
Mesmice boba essa de querer ser a gente o tempo todo.
Tem vezes que a gente acha que sabe de tudo.
Que o que sabe tá bom e o que não sabe tanto faz, deixa pra lá.
Coloquei um samba pra tocar e fui lá tentar fazer poesia.
Mas olha só, não consegui.
Engraçado que a gente fica assim, sem entender.
É que é tanta coisa pra saber.
né?